O género Acacia tem espécies com grande capacidade de adaptação que por falta de gestão florestal têm vindo a invadir os ecossistemas mediterrâneos. Só em Portugal, segundo o Inventário Nacional de Florestas, estima-se que as florestas dominadas por acácias abranjam mais de 18 500 ha, sendo as espécies mais problemáticas e difundidas a A. dealbata, A. longifolia, A. melanoxylon e A. saligna. Estando estas espécies altamente adaptadas a regimes intensos de fogo o risco de incêndio em acacial é bastante elevado. Com 94% da floresta pertencente ao sector privado os custos associados à gestão florestal para os proprietários são muitas vezes incomportáveis, levando ao abandono dos terrenos e consequente aumento da proliferação destas invasoras. Este projecto propõe valorizar os resíduos de biomassa das acácias de forma a compensar os custos associados aos processos de gestão florestal em áreas predominantemente dominadas por estas espécies, visando um menor risco de incêndio e um maior equilíbrio ambiental. Ao mesmo tempo, pretende promover actividades de ciência cidadã de modo a educar e alertar a sociedade civil para o problema de sustentabilidade ambiental na erradicação/controle destas espécies.